Irmãos disputam um blusão de moletom na Justiça do Paraná
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Publicado em 30/05/2019

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Está certo que os Juizados Especiais também são destinados a tentar ajudar as pessoas a resolver pequenas pendências cotidianas e atritos de menor importância. Mas sempre é possível se surpreender com o que aparece.

A observação é do juiz de direito Rosaldo Elias Pacagnan, de Cascavel (PR), na introdução de sentença numa ação em que dois irmãos disputam na Justiça uma peça de roupa.

 
 

Angélica Gazziero e Edson Gazziero são irmãos e vivem na mesma casa.

Angélica prova que comprou um blusão de moletom com seu cartão de crédito, pela internet, e que colocou o nome da mãe, Dona Anita Maria, como destinatária, dizendo que o fez para facilitar a entrega pelos Correios, narra a sentença.

Quando a encomenda chegou, porém, foi Edson quem abriu, viu, gostou e pegou a blusa com desenhos de caveiras nas mangas para ele, e não devolve.”

Essa é a disputa trazida ao Judiciário!, afirma o juiz, na sentença.

Na audiência para buscar um acordo, os Brothers vieram, mas nada de chegar a um consenso, registra o magistrado.

Pessoas adultas que deveriam se amar e respeitar, conseguem a proeza de continuar brigando por uma peça de roupa. Onde é que esse mundo vai parar?, pergunta o magistrado.

Se a blusa fosse da mãe, na esfera penal Edson estaria isento de pena pela apropriação indébita ou furto, entende o juiz. Mas como é da irmã, até crime, em tese, isso é.

Coisa feia o que está acontecendo E feia para os dois lados, afirma.

O juiz Pacagnan extinguiu o processo e condenou o réu, Edson, a entregar à autora, Angélica, a Blusa Moletom OKL Mangas Caveira Primeira Linha, tamanho P, cor preta (Movimento nº 1.5), no prazo de 24 horas, em perfeito estado, ou seu equivalente em dinheiro (R$ 79,99).

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